Informativo Nutricional - Novembro
OBESIDADE INFANTIL
As pesquisas mostram que a obesidade e o sobrepeso constituem o problema nutricional mais prevalente entre os escolares e adolescentes em todos os níveis socioeconômicos.
A obesidade é o excesso de massa gorda no organismo e esse excesso surge quando a energia ingerida é superior à energia gasta.
Além das conotações psicológicas envolvidas, a obesidade desencadeia tantas outras doenças associadas, como diabetes, hipertensão, lesões ortopédicas e musculares, doenças cardiovasculares e problemas de pele. É um processo associado a múltiplos fatores simultaneamente, razão pela qual é uma doença de difícil tratamento.
Deve-se prevenir a obesidade tão logo a criança nasça, estimulando o aleitamento materno. Sabe-se que quando a criança é obesa a chance de ela se tornar um adulto obeso é de 40%. Já para o adolescente obeso a probabilidade aumenta para 75%. Um dos motivos é que o ganho de peso acima do esperado, na infância e na adolescência, acarreta o incremento irreversível do número de células gordurosas.
Crianças que começam apresentar mudança na velocidade de ganho de peso, mostrando os primeiros sinais de obesidade, devem passar por uma avaliação cuidadosa de seus hábitos alimentares, de sua atividade física e do seu comportamento diante da alimentação. Nesse caso pequenas alterações podem ser suficientes para reverter à situação.
A obesidade infantil também pode ser o resultado do modo como os adultos alimentam e educam em termos alimentares as suas crianças e são vários os fatores que facilitam o seu aparecimento. São eles:
- Hiperalimentação : habitualmente é através do dar comida que se responde ao choro do bebê e, como muitas vezes ele se cala, o hábito instala-se na mãe (se chora é porque tem fome) e na criança (na incomodidade come-se). Este tipo de hábito tem tendência a se repetir ao longo da vida;
- Aleitamento artificial : há tentação de se juntar maior quantidade de pó e fazer mais leite que o necessário, "obrigando" o bebê a tomar tudo;
- Alimentos supercalóricos: com o intuito de agradar, distrair ou sossegar, oferecemos as crianças alimentos com baixo valor nutritivo ou supercalóricos desnecessários;
- TV: produtos em embalagens atrativas, com ofertas de jogos, cromos ou autocolantes, agradam às crianças, sendo-lhes muito difícil resistir. Há todo um trabalho que deve ser desenvolvido entre os pais e filhos, no sentido de ensinarem que nem tudo o que está à venda deverá ser adquirido ou se for, com muita moderação;
- Já não há crianças sem preocupações: atualmente as crianças têm muitas atividades que incubem responsabilidade, aumentam exigências e implicam relacionamentos. Muitas vezes as crianças se deparam na ansiedade e na compulsão alimentar.
O tratamento implica modificar certos comportamentos e hábitos alimentares da criança/jovem, bem como daqueles que com ela habitam. É importante que o obeso não interiorize as alterações como uma punição.
Deve-se promover comportamentos como prática de exercícios físicos, redução de conflitos e formação crítica sobre os alimentos e as propagandas transmitidas pelos meios de comunicação.
Também, introduzir hábitos alimentares saudáveis, com aumento de frutas, legumes, hortaliças e água, assim como reduzir os alimentos industrializados e com altas taxas de calorias e gorduras.
Nutricionista: Cyntia Cristina Piaia Sassala.
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